sexta-feira, 24 de junho de 2016

Songlist: as músicas que inspiram o Castelo (2)


Sou brasileira, a série Athelgard é brasileira, estamos sempre defendendo a literatura fantástica produzida no Brasil. Nada mais natural que a "trilha sonora" desse universo também conte com algumas músicas brasileiras! :)

Eu escuto muita coisa que me faz lembrar o Castelo e seus personagens, mas, ao contrário do que acontece com a "trilha internacional", frequentemente essas músicas incluem algum elemento que soa estranho àquele universo -- falam de avião, de telefone, alguma coisa que não existe e provavelmente jamais será inventada em Athelgard. Uma delas é esta, que, talvez pelo refrão, me faz inequivocamente pensar em como Kieran se sentia no primeiro livro. E ele estava certo: quem mais faria Anna feliz? Por sua vez, a percepção que a Mestra de Sagas, mesmo no início da paixão, tem a respeito do mago me parece bem traduzida nesta sensível canção cantada por uma das mais belas vozes da música popular brasileira.

O tragicômico mestre de música do Castelo, Urien, não tem associado a ele nenhum tema estrangeiro, mas sim esta canção de José Alexandre, interpretada pelo Adcanto. Já o Mentor Camdell, adepto da Magia da Alma, poderia ser acompanhado por esta linda música, com sua percussão incrementada, enquanto caminha pelos jardins do Castelo ou medita diante do fogo em sua sala na Ala Rubi. E a história de amor do xamã Zendak e da Mestra Maryan não poderia ser melhor descrita do que na letra desta canção de Beto Guedes.

Curiosamente, volta e meia surge uma associação de cenas da trilogia com canções do Legião Urbana, apesar de muitas vezes existir aquele anacronismo de que falei no início. Metal Contra as Nuvens é a trilha perfeita para acompanhar Kieran em suas jornadas dos livros 2 e 3; Quase Sem Querer, aqui em voz feminina, traduz as inseguranças da Anna em sua transição da adolescência para a idade madura. Por fim, a escrita do último livro me fez, frequentemente, escutar Soldados e a Canção do Senhor da Guerra, que inclusive me inspiraram, diretamente, para escrever alguns trechos um pouco mais sombrios e pesados da parte do Kieran.

Bom, essas são algumas das músicas brasileiras que embalam minha escrita. Não sei se vocês acham que têm a ver com os personagens. Mas achei legal compartilhar, para aqueles que gostam de conhecer os meandros do processo criativo. Ao menos por esse lado, espero que tenham curtido.

Até a próxima!

Vejam também a songlist de músicas estrangeiras.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Fonte Âmbar : prólogo do livro 3


     -- Mestre, o senhor comeu tão pouco quanto um pássaro -- diz Gurion, olhando para a travessa quase intocada. Isso é o que ele vem repetindo todos os dias ao longo dos últimos anos. Respondo que estou satisfeito e ele não retruca, mas franze o cenho ao sair, e não o faz sem antes se assegurar de que haja bastante lenha em minha lareira. E nisso tem razão, pois é outono, as noites são cada vez mais longas e frias e eu escolhi passá-las sozinho.
     Quando os passos na escada deixam de ser ouvidos, levanto-me e vou até a janela. Dali vejo uma torre da Ala Verde, o jardim de ervas curativas de Sophia e, logo abaixo, meu próprio jardim, com sua fonte, sua estátua e as flores que guardam a memória de Theoddor. Passei a tarde ali com Padraig, meu aprendiz, e meditamos juntos, mas não lhe contei sobre as intuições que venho tendo nos últimos tempos. Também não falei disso aos mestres da Escola. Não quero que eles se aflijam ou, pior, que tomem decisões precipitadas. Por outro lado, sei que virão até mim, mais cedo ou mais tarde, em busca de orientação, e como Mentor desta comunidade é meu dever ajudá-los. E o farei, a partir de agora, ainda que o primeiro passo transcorra em segredo.
     Deixando aberta uma fresta da janela, arrasto minha pesada cadeira de carvalho e a posiciono em frente à lareira. Retiro, então, de meu armário um vidro contendo óleo de cipreste e derramo algumas gotas sobre as chamas. Elas reagem com estalos e se contorcem, suas sombras se alongando sobre as paredes. Respiro fundo, exalando em curtos intervalos, sento-me diante do fogo e me concentro em sua dança, à espera de que me revele o mapa de um provável futuro.
     E, pouco a pouco, ele começa a se desenhar. Não são imagens claras, apenas padrões, linhas e símbolos que um século de Magia me ensinou a ler. A primeira coisa que vejo é uma revoada de asas e bicos selvagens, e compreendo tratar-se de águias guerreiras, com o que não posso evitar uma ponta de angústia. O que vem depois traz visões ainda mais duras -- lanças, flechas, homens marchando e caindo em fileiras cerradas –, mas ao redor desse quadro explodem pequeninas fagulhas, e nelas vejo coisas boas, ainda que apareçam e desapareçam no espaço de um piscar de olhos. Água límpida, espigas de trigo, uma mulher que segura um vaso, inclinando-o para dar de beber a um soldado. Vejo a esperança em seus olhos, o sorriso, depois os lábios que se entreabrem num sussurro, falando, encorajando... buscando trazer de volta...
     As chamas se avivam de repente, engolfando as pequenas cintilações. O brilho súbito me faz perder a concentração, mas a última imagem que vi se fixou em minha mente, e não preciso refletir para saber de quem se trata. É o que eu já esperava, e é tudo parte de um ciclo que se iniciou há vários anos, quando minha amiga Maryan me encaminhou o livro de histórias escritas por sua aprendiz. Ou talvez mesmo antes, quando um rapaz de cabelos longos e vontade inquebrável optou pelo caminho mais claro numa encruzilhada. O que vi no fogo me leva a crer que eles terão de fazer novas escolhas, e no caminho haverá muitas sombras. Quero ajudá-los, mas não posso impedir que as coisas sigam seu fluxo, assim como não posso ter certeza de que tudo dará certo. Só resta confiar.
     A angústia se dissipa à medida que acalmo minha mente, mas o esforço me deixa exausto. Ergo as mãos, contemplando-as à luz do fogo, mãos claras e lisas que não traem minha idade ou meu cansaço. O sangue dos elfos brilhantes em minhas veias mantém meu corpo preservado, pelo que sou grato, pois sei o que é a velhice e o que ela faz aos homens. Fui eu que fechei os olhos de Theoddor, meu grande amigo, que não viveu sequer a metade dos meus anos; fui eu que, em seu leito de morte, segurei a mão trêmula e enrugada de meu avô. E, como todos os mestiços, não sei o que esperar no inverno da minha vida, a não ser pelas visões de um futuro que ainda pode vir a sofrer mudanças.
     Queria que o tempo de espera passasse rápido. Pareço jovem, mas minha alma é velha, e sinto cada vez mais frio. Se ao menos fosse verão...!
     Mas não. As nuvens são cinzentas como chumbo no céu de Vrindavahn. Às vezes eu gostaria de não saber ler os sinais.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Ilha dos Ossos: prólogo do livro 2


     No equinócio de outono eu me tornei o mais feliz dos homens.
     Eu me lembro dos ritos, realizados na floresta. Entardecia quando fomos escoltados até a clareira, Anna pelas mulheres, eu pelos homens do Castelo das Águias, que, segundo a tradição, iam tentando nos convencer a voltar atrás. À minha prometida disseram que eu era mau, que era rude e que só me importava com o trabalho mágico. Isso a fez rir, embora pelo menos uma dessas coisas fosse verdade. Já eu ouvi todo tipo de asneira e não achei graça, a não ser em um momento: quando Algias, o matemático, afirmou que Anna falava demais e eu nunca voltaria a ter um instante de silêncio. Foi a única advertência sensata.
     Nesse momento eu já estava diante de Camdell, o Mentor da Escola de Artes Mágicas, que usava o traje vermelho de oficiante. Anna chegou quase ao mesmo tempo. Ainda ria das últimas brincadeiras, mas seus olhos brilharam como estrelas assim que ela me viu. Avancei e ia pegar sua mão quando Urien, o mestre de Música, bradou às minhas costas:
     -- Ela é boa demais para você, Kieran!
     A frase soou alta e límpida em meio à clareira. Indignado, cheguei a cerrar os punhos, mas logo vi que não havia como reagir. Fazia parte do jogo – e já que era assim respirei fundo, ignorei Urien e sua provocação e me voltei para receber a mulher com quem sonhara durante tantos anos.
     A cerimônia foi rápida e simples. Trocamos votos, depois anéis, que eu gravara com um padrão de folha de teixo. Camdell atou o laço em volta de nossas mãos e nos fez comer do mesmo pedaço de pão de fruta, e, enquanto eu ainda lutava para engolir o bocado seco, anunciou que estávamos unidos pelo prazo de um ano e um dia. Então, a festa de verdade pôde começar. Havia música, que não cessou um só instante, comida e bebida suficiente para que todos ficassem alegres. Eu também, a ponto de dançar ao redor do fogo com os aprendizes. Encorajados, alguns rapazes fizeram piadas sobre as noites atarefadas que eu teria a partir de agora, e eu ri, porque, embora fossem uns moleques cheios de vento e de vinho, dessa vez eles tinham razão.
     À luz das fogueiras, as moças continuavam a dançar. Anna estava entre elas e fiquei a observá-la, meu sangue cada vez mais quente até que parei de resistir e a tirei do círculo. Sem olhar para trás, voltamos à nossa torre no Castelo das Águias e fizemos amor ouvindo ao longe os ecos da festa. Lembro-me do que dissemos um ao outro, de todas as promessas, e acima de tudo me lembro de ter pensado que a tradição nos levara a tomar uma precaução inútil. Devíamos ter proferido os votos definitivos, pois nada poderia nos separar, nem ao longo de um ano e um dia nem pelo resto de nossas vidas.
     Era o que eu acreditava naquela noite. E continuei a acreditar enquanto o outono avançava, seguido pelo inverno, com dias cada vez mais frios e noites de tempestade.
      Agora, diante da janela, eu contemplava a tarde de primavera enquanto apertava a carta em minha mão. O vento já tentara arrancá-la, e eu mesmo, por um momento, brincara com a ideia de abrir os dedos e deixar que aquelas palavras voassem para longe. Mas não podia. Tinha que enfrentá-las como o que eram, por mais que isso me custasse, e eu sabia que custaria caro. Ao mesmo tempo, sabia que iria até o fim, e essa certeza me tornava mais forte.
      Pensando bem, eu já não tinha quase nada a perder.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O Castelo das Águias: prólogo do livro 1

     

      Elfos e homens dizem que os bardos têm sorte.
     Sempre pensei que isso incluísse os mestres de sagas, mas agora tudo levava a crer que não. Meus amigos estavam longe, cada qual entregue à sua própria batalha; meu arco se encontrava fora de alcance. Quanto a mim, o que podia ser pior do que estar à mercê do inimigo?
     Movimentei os músculos doloridos de minhas pernas. O encanto que me deixara sem ação tinha perdido o efeito, mas eu duvidava que pudesse correr. De qualquer forma, seria uma presa fácil para as águias.
    As três continuavam pousadas sobre as rochas, acima de minha cabeça. A transformação as convertera em criaturas monstruosas, com penas como lâminas de metal e garras retorcidas que se cravavam às pedras. Nem por sonho se pareciam com as aves que eu conhecera no Castelo. Mesmo assim, eu sabia que bem no fundo ainda eram as nossas águias douradas, por isso acalentava a esperança de passar por elas sem que me atacassem. Se eu avançasse, com cuidado, um passo por vez...
     Um grito soou acima de mim, fazendo minha espinha gelar. Encolhi-me, apavorada, quando uma ave se inclinou em minha direção. Seus olhos reluziam como fogo, e o bico era uma lança de osso, pontiaguda e letal.
     — Isto, minha cara, foi um aviso. – A voz suave, odiosa, do meu captor. – Sei o que está pensando e recomendo que não faça. Não seria bom para a sua saúde.
     Encarei-o, medo e ódio como um nó crescendo dentro do peito. Ele estava de pé, as bordas do manto elegante esvoaçando ao vento, o bastão de poder numa das mãos enquanto a outra repousava sobre o ombro de Lara. Seu cúmplice caminhava de um lado para o outro, os olhos apertados tentando ver na escuridão da floresta.
     — Está demorando – reclamou. – Quando virão? Não temos a noite inteira.
    — Logo – prometeu o outro. – Assim que se livrarem daqueles garotos estúpidos. E, é claro, se depois quiserem um pouco de carne fresca, não há por que impedi-las.
     Sorriu, antecipando o horror em minha expressão, mas dessa vez não lhe dei o prazer. De onde eu vinha, as pessoas que morriam eram deixadas ao relento, num lugar sagrado, e sua carne era comida pelos lobos e outros animais da floresta. Aquela insinuação não acrescentava nada aos meus receios. O que eu temia era o que vinha antes: a dilaceração, a morte lenta sob as garras e bicos impiedosos. Nesse exato momento, isso podia estar acontecendo a meus amigos. Talvez até a ele, se de repente se visse sozinho diante daqueles seres de pesadelo. Era um pensamento horrível, e tentei afastá-lo antes que meu captor o percebesse.
      Só que ele foi mais rápido.
     — Quem diria! A pequena selvagem, temendo por seu amado – disse, torcendo a boca. – Espero que tenham tido uma boa noite de despedida. Você não vai vê-lo de novo.
     — Eu vou vê-lo acabar com você – repliquei, entre dentes. Ele fechou a cara, afrontado, depois ergueu o bastão de poder e o girou entre os dedos. Na mesma hora, uma força invisível me agarrou com violência pela cintura, fazendo-me rodopiar sobre mim mesma antes de me arremessar de costas no chão.
      — Não me provoque, ou as águias vão ter seu banquete mais cedo – avisou o mago. Seu rosto era uma máscara de frieza e crueldade. Fechei os olhos para afastar sua imagem de minha mente, mas tive que abri-los ao ouvir um gemido de Lara. Ele aproximara os lábios de seu ouvido e estava sussurrando, fazendo-a se contorcer em agonia. Odiei-me por não ser capaz de ajudá-la. Felizmente, aquilo durou pouco: apenas alguns momentos antes que o grito rouco e distorcido de uma das criaturas cortasse o céu. Parecia mais próximo, e os cúmplices trocaram um olhar de triunfo. Em pouco tempo, um exército de monstros estaria ali.
     Respirei fundo, procurando um fio de esperança ao qual me agarrar, mas os gritos se repetiram, ferindo meus ouvidos e ecoando dentro de minha cabeça No fim, só consegui me encolher, antecipando para qualquer momento o ataque das garras, enquanto em minha mente duas perguntas giravam feito um redemoinho. Como eu tinha ido parar ali?
       E, em nome do Grande Espírito - como aquilo ia acabar?

sábado, 11 de junho de 2016

#EspalheFantasia : Cinco Séries da Editora Draco



ATUALIZAÇÃO: A Fonte Âmbar, livro que fecha a Trilogia Athelgard, foi lançado na Bienal do Livro de 2016. Eduardo Kasse (com Ruínas na Alvorada) e Karen Alvares também já fecharam suas séries.

Pessoas Queridas,

Hoje é dia de espalhar fantasia pelas redes. Ou melhor, pelo Brasil afora!

Vários autores, blogueiros e leitores envolvidos com o gênero vão fazer postagens ao longo do dia, e cada um irá sugerir cinco séries de fantasia publicadas no Brasil. Podem ser de autores estrangeiros, nacionais ou uma mistura de ambos.

No meu caso, optei por séries nacionais: a minha e as de outros quatro autores da Editora Draco. Para quem ainda não conhece, ela é sediada em São Paulo e, em poucos anos, cresceu em proporções incríveis dentro do gênero fantástico, além de ter uma importante produção de quadrinhos. É também responsável pela maior coleção de contos em e-book publicada no Brasil, a Contos do Dragão.

A Draco publica coletâneas, livros solo e séries de fantasia. Aqui vão algumas delas. Espero que gostem!

Série Athelgard Ana Lúcia Merege

Athelgard é um universo construído sobre referências de várias mitologias e várias culturas, dentre as quais se destacam a nórdica, a celta e a dos nativos americanos. Tem uma ambientação medieval, mas cheia de nuances de acordo com o local e a época em que se passam as histórias.

Ainda tenho muitas para contar, mas a primeira trilogia de Athelgard gira em torno do casal Anna de Bryke e Kieran de Scyllix, que são professores na Escola de Artes Mágicas, sediada no Castelo das Águias. Ali, a concentração, a expertise, o poder criador necessários ao artista são o ponto de partida para desenvolver o Dom da Magia. Os livros são O Castelo das ÁguiasA Ilha dos Ossos e A Fonte Âmbar, que se encontra em pré-venda. A série já rendeu também uma prequel, o infantojuvenil Anna e a Trilha Secreta, além de vários contos e novelas publicados na série Contos do Dragão. Outros estão disponíveis no blog do Castelo, que traz muitas informações sobre o universo e seus personagens. Espero que vocês passeiem bastante por aqui!

Série Um Toque de Morte/Um Beijo de MorteLuiza Salazar

Com cenas ágeis, personagens cativantes e escrita fluente, a eletrizante série de Luiza Salazar tem como protagonista a jovem Kat, a qual possui estranhas tatuagens nas mãos e um dom que à primeira vista parece uma maldição: ela mata as pessoas que toca. E faz disso seu meio de vida, como mercenária. Duas organizações misteriosas disputam seus serviços e lealdade; quando faz sua escolha, ela é submetida a um severo treinamento que, além de fortalecê-la, acaba por revelar muito sobre seu poder e sua afiliação a uma poderosa estirpe mágica. Um Toque de Morte e Um Beijo de Morte foram os dois livros lançados até agora e fecham bem a história de Kat, de forma que não sei se a série irá prosseguir ou se continuará como duologia.

Série EspelhoKaren Alvares

Essa de fato é uma duologia, e, assim como a minha série e a de Luiza, pode entrar na famosa categoria YA – livros para jovens adultos. No entanto, assim como as outras duas, pode agradar a leitores adultos também. Karen conta com mestria a história de Megan, uma jovem brasileira que vive com o pai e a irmãzinha e tem o simpático Daniel como melhor (e praticamente único) amigo. O mundo de Megan vira de ponta-cabeça quando ela se olha no espelho e, em seu interior, vislumbra a si mesma – ou uma cópia de si mesma – vivendo uma vida alternativa, que em princípio parece ser melhor do que a sua, mas que logo vem a revelar seus aspectos sombrios. O embate entre Megan e sua aparente “gêmea do Mal” Megami rende muitos sustos, muita tensão, algumas risadas e até algumas lágrimas ao longo dos dois livros: Inverso, lançado na Bienal do Rio em 2015, e Reverso, atualmente em pré-venda pela Editora Draco.

Série Reinos EternosJoão Beraldo

Essa série é ambientada em um universo construído pelo autor a partir de referências variadas, tais como os grandes reinos da África, as tradições da Índia e a mitologia do Extremo Oriente. Tudo isso é revestido numa roupagem própria e apresentado ao leitor através de descrições vívidas, cenas de ação muito bem construídas e diálogos ágeis. Os livros Império de Diamante e Último Refúgio, este ainda em pré-venda, são independentes entre si, mas têm como personagem de ligação o mercenário Rais Kasim, proveniente de Myambe (um reino semelhante à África) que entra e sai de muitas encrencas usando uma combinação de força, destreza, inteligência e grande dose de bom senso. Estou muito curiosa para ver onde os próximos livros o levarão.

Série Tempos de SangueEduardo Kasse

Esta é uma série para quem gosta de fantasia medieval com todos os esses possíveis: sangue, sexo, suor e sujeira. Isso dito no melhor sentido! Ambientada em vários lugares da Europa, principalmente a Inglaterra, a série de Eduardo Kasse tem como personagem principal o sarcástico Harold Stonecross, que foi transformado em imortal pelo poder de um deus e cujas aventuras têm como pano de fundo os acontecimentos históricos, políticos e sociais da Idade Média. Em seu caminho estão papas, bispos, reis, condes, xerifes e magistrados locais, além de outros imortais de diferentes proveniências e personalidades e, é claro, da impagável gente camponesa, cuja vida cotidiana é retratada com realismo, crueza e humor.

Os livros já lançados são O Andarilho das Sombras, Deuses Esquecidos, Guerras Eternas e O Despertar da Fúria. No fim do ano teremos o último volume. A série conta ainda com vários contos publicados em e-book pela Contos do Dragão.

Bom, essas são minhas indicações de séries. Espero que vocês tenham gostado, se não de todas, ao menos de algumas. E que partilhem suas impressões caso as tenham lido ou venham a ler.

Para completar, deixo aqui a lista de blogs, autores e leitores que participam da campanha, cada um com indicações mais legais que as outras. Não deixem de conferir!

Abraços e até a próxima!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

A Fonte Âmbar em Pré-Venda!!


Pessoas Queridas,

Meu editor, Erick Sama, me surpreendeu hoje com a notícia mais incrível. A Fonte Âmbar já está em pré-venda!

Esse é um livro especial, não apenas por concluir a trilogia - sim, vai haver mais histórias em Athelgard, mas um arco está sendo fechado! - mas também por eu estar experimentando aqui várias coisas que ainda não tinha feito do ponto de vista da construção literária. Há vários narradores além de Anna e Kieran, e as diferenças entre os pontos de vista podem levar um herói a ser descrito como um vilão e vice-versa. Há um gancho para uma futura série que eu torço imensamente para as pessoas gostarem. Enfim, há muito aqui em jogo, muito para me deixar em grande expectativa. Tomara que a reação dos leitores seja positiva!

Se vocês quiserem comprar o livro, ou só dar uma olhada na sinopse por enquanto, basta acessar o link no site da Editora Draco. Se quiserem conhecer mais sobre o universo, já estão em casa: sintam-se bem-vindos aqui no blog do Castelo.

Espero compartilhar esta e muitas histórias com vocês!